Entre veias e veios.
O vazio que angustia e a enchurrada de pensamentos.
Vivendo entre possibilidades de ser, vir a ser e deixar de ser.
Com o calor dos seus braços, mas desconfiando das brasas de seu coração.
Com dias ensolarados e corpo em gelo.
Coração confuso, vida pesada, caminho incerto.
Não consigo sentir a firmeza dos seus passos há tempos,
suas palavras "titubeiam" como seu andar.
Horas sinto turbilhão, em outras obrigação.
E o calor que há muito incendiava adormeceu na rotina do desgaste.
E nós que sempre gostavamos do gasto, usamos hoje como desculpa para todo descaso.
O desencontro de nossas cabeças e das moscas que as rodeiam, causam o tropeço dos nossos passos.
Não há sincronia, harmonia, somente zumbidos, barulho, confetes... tantos que chega ser ilário.
As verdades incontestáveis do meu coração, as certezas jaz adormecidas embaixo de tantas interrogações.
Parece que a maré ta subindo novamente, lá vem enchente denovo?
O dejavú resiste, insiste, sobrevive.
E eu que só queria a segurança, a casa cercada, rede na varanda, os cachorros brincando no gramado.
Só desejava a tranquilidade da chegada ao fim do dia de trabalho.
O almoço bem temperado, cadeiras lado a lado.
Cama ainda bagunçada, chinelos intercalados como nossos pés ao nos deitarmos.
O conforto das palavras, segurança dos sentimentos.
Saber e sentir ser, incontestavelmente só minha.
Será?
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