terça-feira, 2 de junho de 2009

Mergulhe...


Hoje acordei com a lembrança de ouvir alguém dizer que eu encantava os outros, e que não era justa, pois os tornava de certa forma dependentes de palavras e sorrisos meus. Bem, não sei o que pensar sobre isso, pois na verdade a dependência é minha. Dependo de sorrisos, de atenção, há quem diga (Sr Lucas) que sou carente, sim gosto de ter gente por perto, de trato direcionado, e de relações bem entrelaçadas.


Sempre à espera de algo que dure pra vida toda, mas que não caia na rotina, que não perca o brilho. Assim como 90% da população, penso (minha ”lógica”) que isso seja ilusão, sonho, impossível. E meu coração idiota que é, ainda mantém esperança de que possa acontecer.
Ontem li algo sobre silêncio entre duas pessoas, onde eu fiquei estática e imediatamente pensei que era a essência do que eu desejava, e percebi que não sou a única sonhadora, ou iludida com o impossível. O texto dizia assim: "Mas nada há de mais incrível e maravilhoso no silencio, do que quando ele se dá entre duas pessoas...
Sim, pois se entender com palavras é simples e por vezes razo. Mas quando duas pessoas se entendem no silencio, quando entre elas não persiste qualquer constrangimento, qualquer átomo de desconforto.
Então ocorre qualquer coisa da ordem do fenomenal, do magistral, do cósmico, algo de uma profundidade inexprimível, a não ser pelo próprio silencio." (Escrito por Cruzado da Angústia Eterna, seja lá quem for, veja lá: http://palavrasqpartem.blogspot.com/).

Bem, pude perceber que esta profundidade de relações, é procurada por todos. E vai alem de definições já desgastadas como "o amor da minha vida", ou algo do gênero. Descobre-se que relações assim podem existir entre amigos, irmãos, na verdade eu vejo que vai muito alem da superfície, muitas vezes suja, das relações comuns, ou pré-definidas pela sociedade. São desejos de almas; relações de almas; que no meio de tanta besteira, sujeita, anseiam por algo verdadeiro, sólido, com tantas cores quando o profundo do oceano, inexplicável, mas totalmente plausível ao coração.

E quanto a mim?
Continuo ansiando por águas mais profundas, por uma situação de silêncio não incômoda, na bipolaridade da minha pele, e no extremo de meus pensamentos e coração.
Com a esperança de que cada vez mais cresça essa multidão, louca como eu, extremista, mas totalmente humanizada, com uma lógica julgada como incoerente, mas com o simples desejo de que o mundo; os homens; sejam cada dia melhores e verdadeiros.


To dive!

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